Uso agrícola de extratos vegetais nanoencapsulados no controle de fitopatógenos e na pós-colheita

Resumo

A nanoencapsulação de extratos vegetais surge como uma alternativa inovadora para fortalecer o manejo sustentável de fitopatógenos e melhorar a qualidade pós-colheita. O objetivo desta revisão é sintetizar os avanços recentes no uso de nanoformulações baseadas em compostos bioativos de origem vegetal, bem como analisar seus mecanismos de ação, benefícios, limitações e perspectivas de aplicação em sistemas agrícolas. Para isso, reúne-se e analisa-se literatura científica atual e relevante, priorizando estudos que relatam resultados experimentais, desenvolvimentos tecnológicos e aplicações em campo ou pós-colheita. Os achados mostram que a nanoencapsulação aumenta a estabilidade, biodisponibilidade e eficácia de metabólitos vegetais, como fenóis, terpenos e óleos essenciais, ao protegê-los da degradação ambiental, melhorar sua solubilidade e permitir a liberação controlada. As nanoformulações apresentam atividades antifúngicas e antibacterianas superiores às dos extratos livres, além de melhor adesão e retenção em superfícies vegetais. Da mesma forma, aplicações pós-colheita demonstram benefícios como redução de danos fisiológicos e atraso no desenvolvimento de patógenos. No entanto, persistem desafios relacionados à variabilidade das formulações, aos custos de produção, à escassez de estudos de longo prazo sobre ecotoxicidade e destino ambiental e à falta de marcos regulatórios específicos. En conclusão, a nanoencapsulação representa uma ferramenta promissora para a bioagricultura, capaz de potencializar o valor dos extratos vegetais e contribuir para práticas mais sustentáveis, embora sua implementação exija pesquisas adicionais, padronização tecnológica e regulamentação adequada.